Mude o mundo também

4.12.2011



Mundo mundo vasto mundo, se eu me chamasse Raimundo seria uma rima não uma solução...
Poema de Sete Faces (Carlos Drummond de Andrade)

O mundo anda um pouco louco, não é? Todo mundo sabe, todo mundo fala, em filas principalmente, mas eu te pergunto, o que você faz para mudar o mundo? Não tem ideia? Deixa comigo que com a ajuda do "8 jeitos de mudar o mundo" posso te dar uma luz e com isso tenho certeza que você vai pensar melhor sobre como você pode contribuir para mudar o nosso mundo que vivemos.

Você sabe o que são os Objetivos do Milênio?

Em 2000, a ONU – Organização das Nações Unidas, ao analisar os maiores problemas mundiais, estabeleceu 8 Objetivos do Milênio – ODM, que no Brasil são chamados de 8 Jeitos de Mudar o Mundo. Vamos a eles?


Neste momento, milhares de pessoas estão passando fome no Brasil e no mundo. A fome é conseqüência da pobreza e também sua causadora. Para romper este círculo vicioso, é fundamental unir toda a sociedade. Só dessa forma será possível garantir a condição básica de direito à vida: viver sem fome.

SUGESTÕES DE AÇÕES:
  • Procurar informações sobre direitos e deveres dos cidadãos, para divulgá-los na comunidade e fiscalizar os órgãos competentes.
  • Atuar como capacitador voluntário, promovendo orientação profissional para os pequenos negócios do bairro.
  • Elaborar e distribuir material orientando sobre o que é uma boa alimentação.
  • Organizar e promover atividades de educação alimentar, visando o aproveitamento integral dos alimentos.
  • Aproveitar ao máximo os alimentos, cuidando de sua correta conservação, usando receitas alternativas e promovendo o não desperdício.
  • Fazer um Mural da Cidadania em escolas e locais públicos. Pesquisar e divulgar ofertas de trabalho, cursos de capacitação profissional e geração de renda e serviços à comunidade (saúde, documentos, previdência, bolsa-família, etc).
  • Formar um grupo de mães de alunos que ensinem o melhor aproveitamento dos alimentos, para evitar desperdícios.
  • Monitorar a merenda escolar e comunicar qualquer irregularidade ao Conselho de Alimentação Escolar, ao Ministério Público ou ao Ministério da Educação pelo telefone gratuito 0800 61 6161.
  • Buscar parcerias que ajudem a enriquecer a alimentação oferecida por escolas e organizações sociais.
  • Fazer uma horta caseira e incentivar os vizinhos e as escolas do bairro a fazerem o mesmo.
  • Sensibilizar supermercados, restaurantes e quitandas para o não desperdício, informando-os sobre locais para onde podem ser encaminhados os alimentos excedentes.
  • Valorizar o desenvolvimento local, comprando e promovendo o uso de produtos do comércio solidário.

Não há o que discutir, todos têm direito a educação de qualidade. Entretanto, não é bem isso o que acontece, pois muitas pessoas não chegam a completar o ciclo básico.

SUGESTÕES DE AÇÕES:

  • Falar com os diretores das escolas e se oferecer como voluntário, pois com certeza saberão aproveitar sua disponibilidade.
  • Identificar os alunos que estão faltando muito às aulas e incentivá-los a voltar a freqüentar a escola.
  • Mostrar que atividades recreativas e esportivas também são educativas. Disciplina, respeito e cooperação podem ser reforçados nesses momentos.
  • Organizar ou participar de campanhas de doação de livros e de materiais didáticos para instituições e bibliotecas.
  • Fazer e manter uma biblioteca alegre e acolhedora, e mostrar que a leitura é um prazer.
  • Acolher e respeitar os alunos especiais, além de denunciar professores e escolas que não promovam a inclusão dos portadores de deficiências.
  • Identificar crianças fora da escola e encaminhá-las para o ensino, além de denunciar o fato ao Conselho Tutelar da cidade.
  • Fazer o acompanhamento de uma criança incentivando-a e monitorando seu desempenho.
  • Participar do Conselho Escolar e acompanhar o desempenho da escola.
  • Organizar aulas de reforço escolar para estudantes com dificuldades de aprendizagem.
  • Fazer um levantamento dos analfabetos em seu bairro e incentivá-los a freqüentar um curso de alfabetização.
  • Incentivar a criação e o trabalho voluntário em creches para crianças de 0 a 4 anos.

A história do mundo nos mostra que durante muito tempo os homens e as mulheres não tinham os mesmos direitos e deveres. Em alguns países isso ainda acontece. Em outros, as mulheres conquistaram direitos que antes lhes eram negados.

SUGESTÕES DE AÇÕES:

  • Visitar a câmara municipal, entrevistar as vereadoras e conhecer suas propostas para ajudar as mulheres de sua cidade.
  • Divulgar que existem, nas grandes cidades, centros de atendimento para mulheres, onde elas podem denunciar a violência e ter um acompanhamento físico e psicológico.
  • Identificar e divulgar novas oportunidades de trabalho para mulheres.
  • Incentivar ações que estimulem as mulheres a buscar alternativas de geração de renda.
  • Educar filhos e filhas para que eles realizem, com igualdade, o trabalho do dia a dia em casa.
  • Não reproduzir expressões como “isso é coisa de mulher”, que sejam contra a dignidade da mulher ou que a coloquem em situação de inferioridade.
  • Denunciar casos de violência, abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes pelo telefone gratuito 0800 99 0500 ou procurar o Conselho Tutelar da cidade. Nos casos de agressão física e de violência sexual contra mulheres, ligar para o telefone gratuito do Disque Denúncia da Polícia Civil 0800 84 29 99 (RN).
  • Não empregar crianças, para não prejudicar seu desenvolvimento ou comprometer sua infância, e denunciar os casos conhecidos de trabalho infantil para a Delegacia Regional do Trabalho.
  • Não valorizar e não comprar produtos que explorem o corpo da mulher em sua comercialização, exigindo o cumprimento da regulamentação publicitária e fortalecendo o senso critico da sociedade.
  • Atuar em atividades em prol da melhoria da auto-estima das mulheres, promovendo a valorização e o respeito em todas as fases do seu ciclo de vida (infância, adolescência, gravidez, maternidade, velhice).
  • Encorajar as jovens para que busquem seu desenvolvimento socioeconômico, por meio da educação e do trabalho.
  • Incentivar adolescentes mães a retomarem seu projeto de vida, combatendo qualquer situação que dificulte seu acesso às escolas públicas.

Todos os anos 11 milhões de bebês morrem de causas diversas. É um número escandaloso, mas que vem caindo desde 1980, quando as mortes somavam 15 milhões.Os indicadores de mortalidade infantil falam por si, mas o caminho para se atingir o objetivo dependerá de muitos e variados meios, recursos, políticas e programas — dirigidos não só às crianças mas a suas famílias e comunidades também.

SUGESTÕES DE AÇÕES:
  • Apoio a programas de acesso à água potável para populações carentes, principal causador das doenças infecciosas infantis; 
  • Promoção de campanhas de conscientização no combate a Aids, visando a prevenção de crianças portadoras do vírus; 
  • Suporte a programas de acesso, das crianças portadoras do HIV e outras doenças infecciosas, a medicamentos específicos; 
  • Programas educacionais, em comunidades carentes, de esclarecimento sobre higiene pessoal e sanitária, aleitamento materno e nutrição infantil.

Em nosso país muitas mães morrem no parto ou logo após. As causas são inúmeras, como a assistência médica inadequada, a falta de preparo das mães para se cuidar durante a gestação e a desnutrição.
Melhorar a saúde materna ajuda a reduzir a mortalidade infantil. A assistência médica inadequada durante a gravidez e o parto pode causar a morte do bebê e da mãe.

SUGESTÕES DE AÇÕES:

  • Fazer campanhas sobre:
  1. -Planejamento familiar.
  2. -Prevenção do câncer de mama e de colo de útero.
  3. -Gravidez de risco.
  4. -A importância do exame pré-natal.
  5. -Nutrição da mãe e aleitamento materno.

  • Não se automedicar e não receitar remédios para gestantes.
  • Propiciar um ambiente agradável, afetivo e pacífico às gestantes em casa, no trabalho, no dia a dia, dando prioridade a elas, cedendo a vez em filas, auxiliando-as em seu deslocamento e no carregamento de pacotes.
  • Presentear uma grávida em situação de desvantagem social com um enxoval para seu bebê.
  • Acompanhar uma gestante, garantindo a realização do pré-natal, oferecendo transporte para as consultas e facilitando a aquisição de medicamentos, quando necessário.
  • Divulgar informações sobre saúde para gestantes e articular palestras em Postos de Saúde, Centros Comunitários e instituições como a Pastoral da Criança.
  • Participar de iniciativas comunitárias voltadas para a melhoria da saúde materna e o atendimento à gestante (pré-natal e pós-parto).
  • Incentivar o debate entre a universidade, a escola e a comunidade.
  • Reunir mulheres grávidas para troca de experiências.
  • Incentivar a educação para gestantes.

Um dos maiores problemas mundiais são as doenças que atingem grande número de pessoas – e sabemos que a prevenção é a melhor maneira de combatê-las.

SUGESTÕES DE AÇÕES:
  • Fazer visitas domiciliares para mostrar os locais que podem favorecer a dengue, principalmente no verão, época de epidemias de dengue.
  • Incentivar a população a participar das campanhas de vacinação.
  • Fazer campanhas de informação, mobilização e prevenção à Aids e de outras doenças epidêmicas.
  • Divulgar informações sobre todas as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), na comunidade. Orientar sobre sintomas e busca de tratamento médico.
  • Fazer levantamento sobre os serviços disponíveis – remédios, postos de saúde, centros de atendimento.
  • Cuidar de nossa higiene, e incentivar e orientar que outros façam o mesmo.
  • Usar preservativo, exigir sangue testado e não compartilhar seringas e agulhas, prevenindo-se do HIV.
  • Procurar um posto de saúde ao identificar manchas avermelhadas ou esbranquiçadas, dormentes na pele. Hanseníase tem cura.
  • Doar sangue periodicamente aos hemocentros e estimular que outras pessoas o façam.
  • Não deixar acumular água em plantas, vasos, calhas, pneus, vidros e outros recipientes, evitando que surjam focos do mosquito transmissor da dengue em casa, na rua, no bairro.
  • Encaminhar as pessoas com febre e tosse persistentes ao serviço de saúde, além de orientar os portadores de tuberculose para que façam o tratamento completo – mesmo que não apresentem mais os sintomas da doença.
  • Sensibilizar familiares e amigos a não estimularem o consumo de bebida alcoólica por crianças e adolescentes, contribuindo para prevenir o alcoolismo e suas conseqüências.
  • Identificar, na família e na comunidade, pessoas que fazem uso abusivo de álcool, encaminhando-as aos serviços de saúde para tratamento médico e apoio psicossocial.
  • Incentivar o debate entre a universidade, as escolas e a comunidade para atingir mais amplamente esse objetivo.

O desmatamento, o desperdício de água e a produção excessiva de lixo são alguns dos problemas mais graves enfrentados pela humanidade. Cuidar do meio ambiente deve fazer parte de nosso dia-a-dia.

SUGESTÕES DE AÇÕES:
  • Fazer campanhas de uso racional de água e energia.
  • Plantar árvores nas ruas é muito importante, porém é preciso pedir licença à prefeitura e aos moradores.
  • Implementar a coleta seletiva nas escolas, no condomínio ou no bairro e divulgar o benefício de produtos biodegradáveis ou recicláveis.
  • Realizar mutirões de limpeza e rearborização de praças, rios e lagos.
  • Contribuir com a limpeza da cidade, praticando ações simples como não acumular lixo em casa, ruas, terrenos, praias, rios e mares. Não jogar lixo pela janela.
  • Não fumar em ambientes públicos fechados.
  • Utilizar a água que sobrou da chaleira, do cozimento de ovos e da lavagem de vegetais para aguar plantas. Armazenar água da chuva, em recipientes fechados, para lavar carros e calçadas, economizando água – recurso natural limitado – nas ações cotidianas.
  • Diminuir o uso de energia elétrica entre 6 e 9 horas da noite. Desligar aparelhos que não estão sendo usados, economizando e evitando a falta de energia elétrica.
  • Economizar papel. Imprimir apenas documentos importantes e procurar usar os dois lados da folha. O verso de uma folha pode ser usado como rascunho, bloco de recados ou para os desenhos das crianças.
  • Participar de ações de preservação e defesa de mangues, rios e mares.
  • Participar de projetos sociais para construção de cisternas e casas com esgotamento sanitário para famílias de baixa renda, em áreas urbanas ou rurais.
  • Incentivar o uso de sacolas reutilizáveis para compras.
  • Incentivar o uso de produtos feitos com material reciclado.
Muitas vezes a solução de um problema pode servir de resposta para outros, principalmente quando pessoas, escolas, governos, sociedade civil, empresas e organizações sociais trabalham juntas.


SUGESTÕES DE AÇÕES:

  • Escolher temas de interesse comum e promover encontros entre escola e comunidade e organizações sociais – é fundamental continuar aprendendo coisas novas sempre.
  • Organizar o grêmio da escola que pode desenvolver vários cursos como inclusão digital e geração de renda.
  • Divulgar o que já está sendo feito pela comunidade, no jornal da escola, do condomínio ou do bairro– nada melhor do que compartilhar experiências.
  • Convidar amigos, vizinhos, empresas e instituições a participarem. Enquanto o seu grupo faz uma ação, muitos outros também estão fazendo a sua parte. O sucesso de um projeto de voluntariado depende das pessoas envolvidas e das parcerias realizadas.
  • Não votar em candidatos que ofereçam, em troca de votos, favores como emprego, dinheiro, cestas básicas, consultas médicas etc.
  • Fiscalizar a atuação dos políticos, exigindo que eles cumpram as promessas de campanha.
  • Exercer o dever de cidadão, participando ativamente do planejamento da cidade – por meio do Orçamento Participativo, do Plano Diretor ou dos Conselhos Municipais.
  • Participar de discussões e projetos em prol dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs), incentivando o engajamento de outras pessoas, organizações e empresas.
  • Formar parcerias com setor público, empresas, associações e conselhos, a fim de resolver os problemas mais relevantes do bairro.
  • Sensibilizar o Conselho de Bairro para que reivindique o acesso a medicamentos seguros e a preços acessíveis.
  • Sensibilizar o Conselho de Bairro para que reivindique o acesso à Internet e a outros meios de comunicação, além de se disponibilizar para projetos de inclusão digital voltados para jovens em situação de desvantagem social.
  • Promover ações voluntárias na comunidade, contribuindo para o desenvolvimento urbano e para o alcance dos Objetivos do Milênio.

2 comentários:

Lucas disse...

Se todas essas metas fossem expostas e aplicadas principalmente por nossos governantes, com certeza viveríamos num país muito melhor. A intenção é excelente, eu agora abraço a idéia, e visualizo uma mudança favorável na convivência com os outros...

andre disse...

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